9 Module 7 | Dashboard
Boas práticas no desenvolvimento de dashboards
9.1 DASHBOARDS
A dashboard is a visual display of the most important information needed to achieve one or more objectives; consolidated and arranged on a single screen so the information can be monitored at a glance. module_7_dashboard_book-1
9.1.1 Quando usar um Dashboard
Os dashboards devem ajudar a compreender se as intervenções/projectos seguem na direção certa, em que áreas é necessário investigar ou quais tópicos que devem ser priorizados. Para apoiar esses objetivos é necessário escolher bem os indicadores de desempenho ou KPIs (Indicadores-Chave de Desempenho) do seu dashboard.
9.1.2 Diferença entre um dashboard e um relatório
A escolha entre dashboards e relatórios depende das necessidades específicas e dos objetivos de análise de uma organização.
9.1.3 Quando Usar Dashboards:
- Monitorização em Tempo Real: Para acompanhar a performance e indicadores-chave de desempenho (KPIs) de áreas específicas da empresa/intervenções em tempo real.
- Visão Geral do Desempenho: Quando é necessário uma visão consolidada da performance de diferentes áreas do “negócio” para facilitar a tomada de decisões rápidas e informadas.
- Objetivos e Metas: Para visualizar o progresso em relação aos objetivos e metas estabelecidos, permitindo ajustes estratégicos em tempo útil.
- Análise Diagnóstica: Ideal para identificar tendências, anomalias e oportunidades de melhoria na performance.
- Acesso Rápido a Informações Cruciais: Para fornecer aos agentes de decisão (diretores e gestores) um acesso rápido e fácil às informações mais importantes, permitindo uma visão holística do desempenho empresarial.
9.1.4 Quando Usar Relatórios:
- Análise Detalhada de Temas Específicos: Quando se necessita de uma análise profunda e detalhada sobre um aspecto específico ou área temática dentro de um período definido.
- Monitorização de Projetos: Para o acompanhamento do progresso, resultados e métricas de projetos específicos, especialmente quando esses projetos têm uma duração limitada.
- Documentação e Registro: Quando é importante criar um registro detalhado das atividades, resultados e análises que possam ser consultados posteriormente ou partilhados com stakeholders.
- Avaliação Periódica: Necessidade de produção em intervalos regulares (mensal, trimestral, anual) para revisão de progresso ou avaliação de resultados.
- Suporte a Decisões Estratégicas Detalhadas: Fornecer as bases e evidências necessárias para decisões mais complexas que requerem uma compreensão detalhada dos dados e suas implicações.
A escolha entre dashboard e relatório deve alinhar-se com a lógica de “negócio” da organização, considerando os objetivos de análise, a necessidade de monitorização em tempo real versus análise detalhada e a frequência com que as informações precisam ser atualizadas ou consultadas.
9.2 Boas práticas na construção de Dasboards
Para a construção eficaz de dashboards, é fundamental adotar boas práticas que garantir a sua utilidade e eficiência.
9.2.1 Objetivos Definidos
- Clareza de Propósito: Antes de iniciar o design do dashboard, é crucial ter objetivos claros e bem definidos. O dashboard deve ser projetado para responder a necessidades específicas de informação e decisão.
- Alinhamento com KPIs: Os indicadores chave de desempenho (KPIs) devem estar alinhados com os objetivos do “negócio” e claramente representados no dashboard para permitir avaliações rápidas do desempenho.
9.2.2 Qualidade dos Dados
- Fontes Confiáveis: Garantir que os dados utilizados no dashboard provêm de fontes confiáveis e verificadas para assegurar a precisão das informações apresentadas. Sempre que possível garantir metadados de qualidade.
- Limpeza e Tratamento de Dados: Antes de integrar os dados ao dashboard, realizar uma limpeza e tratamento para eliminar inconsistências, duplicações ou erros que possam comprometer a qualidade da análise.
9.2.3 Atualização dos Dados
- Frequência de Atualização: Definir a frequência de atualização com base na volatilidade dos dados,no período de reporte e nas necessidades de análise, garantindo que as informações sejam oportunas e relevantes.
- Automatização da Atualização: Implementar mecanismos de atualização automática dos dados para que o dashboard reflita as informações mais recentes, facilitando a tomada de decisão baseada em dados atuais.
9.2.4 Simplicidade
- Design Limpo e Intuitivo: O dashboard deve ter um design limpo e intuitivo, evitando a superlotação de gráficos e informações. A simplicidade ajuda a focar nas informações mais importantes.
- Visualização Eficaz: Utilizar gráficos e visualizações que comunicam de forma eficaz a mensagem desejada. A escolha da visualização adequada (gráficos de barras, linhas, mapas de calor, etc.) é essencial para a interpretação correta dos dados.
- Interatividade e Personalização: Incorporar elementos interativos que permitam aos utilizadores filtrar, explorar e personalizar os dados visualizados, aumentando a utilidade e a adaptabilidade do dashboard a diferentes necessidades dos utilizadores.
- Legibilidade: Garantir que o dashboard seja legível, com fontes, cores e tamanhos de texto que facilitem a leitura e compreensão das informações apresentadas.
Adotar estes critérios de boas práticas na construção de dashboards contribui significativamente para a criação de ferramentas eficazes e maximizam a sua adoção, uma vez que, suportam a tomada de decisão baseada em dados, melhorando a gestão e o desempenho.
9.3 Design gráfico de dashboards
Para garantir que um dashboard seja tanto visualmente atraente quanto funcional, é crucial considerar cuidadosamente o seu setup gráfico.
Estes passos devem ser feitos antes do ínicio de se comecar a fazer código.
9.3.1 1. Escolha de Cores
- Paleta Limitada: Use uma paleta de cores limitada para evitar sobrecarga visual. Cores consistentes ajudam na interpretação dos dados.
- Cores para Diferenciação: Utilize cores para diferenciar elementos de dados, mas mantenha a harmonia visual. Cores contrastantes podem destacar informações chave.
9.3.2 2. Tipografia
- Legibilidade: Escolha fontes fáceis de ler em diferentes tamanhos e dispositivos. Evite fontes decorativas que dificultam a leitura rápida.
- Hierarquia Visual: Use diferentes tamanhos e pesos de fonte para criar uma hierarquia visual, facilitando a distinção entre títulos, subtítulos e conteúdo.
9.3.3 3. Layout e Organização
- Agrupamento Lógico: Organize os elementos de forma lógica, agrupando informações relacionadas para facilitar a compreensão.
- Espaçamento Adequado: Use espaçamento ou padding para evitar um design congestionado. Um layout limpo melhora a legibilidade e a usabilidade.
- Zona de Foco: Posicione as informações mais críticas na parte superior ou no centro do dashboard, onde são mais facilmente visualizadas.
9.3.4 4. Visualizações de Dados
- Simplicidade: Escolha visualizações simples que comuniquem claramente a mensagem. Gráficos complexos podem confundir ou desviar a atenção.
- Consistência nas Visualizações: Mantenha um estilo consistente nas visualizações para facilitar a comparação e análise de dados.
- Uso de Ícones e Símbolos: Ícones e símbolos podem ser usados para representar rapidamente ideias ou categorias, mas devem ser claros e universalmente compreensíveis.
9.3.5 5. Interatividade
- Filtros: Inclua filtros para permitir que os utilizadores personalizem a visualização dos dados conforme necessário.
- Dicas de Ferramentas: Use dicas de ferramentas (tooltips) para fornecer mais informações sobre os dados quando o cursor passa sobre elementos gráficos.
9.3.6 6. Teste em Diferentes Dispositivos
- Responsividade: Certifique-se de que o dashboard é dinâmico e legível numa variedade de dispositivos, incluindo desktops, tablets e smartphones.
Devemos ter sempre em consideração quais os dispoditivos que irão utilizar o nosso dashboards. Uma das filosofias mais rescentes para o desenvolvimento de aplicações web como os dashboards é o Mobile First. A aplicabilidade desta filosofia deve ter em conta os utilizadores do dashboards e existem alternativas como a adoção de design responsivos ao tamanho do ecrã.
9.3.7 7. Feedback dos Utilizadores
- Iterar com Base no Feedback: Após a implementação, o uso de questionários, focus groups ou logs do dashboards permitem recolher feedback dos utilizadores. Temos de estar dispostos a fazer ajustes no design e na funcionalidade do dashboard para acomodar as necessidades dos utilizadores, particularmente dos agentes de decisão.
Estas dicas são apenas o ínicio, e o objetivo será sempre o de melhorar significativamente a eficácia e a experiência do utilizador, tornando as informações não apenas acessíveis, mas também intuitivas e relevantes para análise e decisão.
9.4 Exemplos de dashboards
9.4.1 Bons exemplos
A Direção Regional de Estatisticas da Madeira criou um dashboard para monitorizar o número de nascimentos, obitos e casamentos na região. Tem um design limpo, com KPI bem desenhados e intuitivos, faz uso de graficos complementares aos KPI com evolução temporal. Os filtros permitem uma boa interactividade.
9.4.2 Maus exemplos
https://empregocientificoedocente.dgeec.mec.pt/
O Portal do SNS tem um dashboard sobre a utilização de medicamentos biossimilares. Não é muito claro quais são os KPI a monitorizar e a evolução temporal esta em separadores o que torna dificil avaliar a evolução da despesa.
9.5 Dashboard checklist
9.5.1 Inputs
Qualidade dos dados estável
Indicadores e métricas bem defenidos
Automatização da atualização de dados
9.5.2 Outputs
Paleta de cores definida (3 a 4 cores dominantes)
KPI na primeira linha (ideal 3, no máximo 6)
Data da última atualização dos dados
Contacto de quem é responsável pelo desenvolvimento e contacto para apoio e dúvidas
Exportação de dados e print disponíveis